Sem fim à vista para o impasse entre o Google e o governo chinês, a revista Nature realizou uma pesquisa com 784 cientistas chineses para descobrir o quanto eles contam com o Google – e quais seriam as conseqüências se eles perdessem o acesso ao engine de pesquisa e seus produtos relacionados.
- Mais de três quartos dos cientistas disseram que usam o Google como o principal mecanismo de pesquisa para suas pesquisas.
- Mais de 80% usam o mecanismo de busca para encontrar trabalhos acadêmicos; cerca de 60% utilizam-no para obter informações sobre as descobertas científicas ou programas de outros cientistas de investigação, e mais da metade usa a busca de literatura do Google Scholar.
- 84% dos cientistas dizem que, sem o Google, sua pesquisa seria “um pouco” ou “significativamente” prejudicada.
- 78% dizem que colaborações internacionais seriam afetados com a mesma intensidade
- Quase a metade dos entrevistados diz que, se perderem o acesso ao Google, passariam a usar o Baidu, mas hoje apenas 17% dos cientistas utilizam o Baidu como principal mecanismo de pesquisa.
Mais do que o impacto no trabalho de cientistas, o que está em jogo no conflito entre o Google e a ditadura chinesa é o direito do acesso à informação, do cidadão chinês. Guobin Yang, um pesquisador da Internet, do Barnard College em Nova York, afirma: “a presença do Google tem ajudado no desenvolvimento da sociedade civil na China.”